Balanceamento - é um procedimento para equilibrar o conjunto de pneus e rodas do veículo. Existem dois tipos de balanceamento praticados no mercado (Estático e Dinâmico) e atuam para efetuar as seguintes correções:
Desequilíbrio estático: Provoca repetidos choques no sentido vertical, que por sua vez causam violentas oscilações verticais (hopping) que dificultam a dirigibilidade e comprometem a estabilidade do veículo.
Desequilíbrio dinâmico: Provoca nas rodas dianteiras oscilações transversais que resultam em vibrações na direção, normalmente conhecidas por “shimmy” e seus efeitos criam dificuldades em manter a estabilidade dos veículos.
É recomendado verificar o balanceamento a cada 10.000 Km, ou de acordo com as especificações do fabricante do veículo. Isso possibilitará um aumento da vida útil do pneu, redução de consumo do combustível e melhor estabilidade em retas e curvas.
Confira abaixo quais os efeitos do desbalanceamento de rodas:
- Desconforto ao motorista devido à vibração no volante.
- Coloca em risco a segurança.
- Provoca danos mecânicos ao veículo.
- Diminui a vida útil dos terminais de direção, amortecedores e buchas.
- Desgaste prematuro e irregular do pneu.
Alinhamento
O serviço de alinhamento consiste na verificação dos ângulos de cáster, câmber e convergência, e dependendo do tipo de suspensão do veículo a correção de alguns ângulos com pequenos ajustes na suspensão do veículo*. No entanto quando se verifica que não é possível efetuar as devidas correções nos ângulos por conta do desgaste ou deformação de algum componente da suspensão e/ou quando algum ângulo não for de fácil regulagem, é necessário um maior uso de mão de obra ou substituição de componentes.
Observação: Alguns veículos, devido ao projeto de sua suspensão, permitem a fácil correção dos 3 ângulos, outros somente do câmber e convergência. Ainda há outros que permitem somente a correção da convergência.
Rodízio de pneus
O rodízio serve para igualar o desgaste natural dos pneus e deve ser feito no intervalo descrito no manual do veículo.
Caso o manual não informe o intervalo de quilometragem para realização do rodízio, a orientação é efetuar o rodízio a cada 8.000km para pneus das linhas passeio e caminhonete radiais ou 5.000km para pneus das linhas passeio e caminhonete diagonais.
Além disso, se for detectado, antes de chegar na quilometragem recomendada do rodízio, que os pneus estão se desgastando de maneira irregular, o consumidor deve providenciar a correção do alinhamento e efetuar o rodízio. Lembrando sempre que o desgaste irregular é evidência de que algo não está correto na condição de uso ou manutenção.
O rodízio por si só não elimina o desgaste irregular, mas ajuda a equilibrar os desgastes dos 4 pneus, uma vez que o veículo tenha sido alinhado.
Esquemas de rodízio para pneus radiais, com 4 ou 5 pneus:
Fonte imagem: Manual Técnico Passeio e Caminhonete Bridgestone
Aplicação/montagem de 2 pneus novos
A recomendação da Bridgestone é montar os pneus novos no eixo traseiro, independente do fato de ser um veículo de tração dianteira ou traseira.
Isto porque em pistas molhadas, a tração dos pneus traseiros é importante para se manter a estabilidade do veículo e evitar condições de sobre-esterço (saída de traseira em curvas). A tração no molhado é melhorada com os pneus novos devido à sua maior profundidade da rodagem, portanto os pneus novos devem ser montados nas posições traseiras.
Em muitos casos, esta recomendação necessitará do rodízio dos pneus traseiros para o eixo dianteiro antes de se montar os pneus novos no eixo traseiro. Deve-se ter o cuidado de seguir o esquema de rodízio apropriado e de inflar todos os pneus nas pressões indicadas pelo fabricante do veículo.
Observação: É importante verificar o manual do veículo para confirmação sobre a aplicação de dois pneus.
Calibragem
A pressão recomendada para um determinado pneu, utilizado em determinado veículo, deve sempre ser indicada pelo fabricante do veículo, pois além de depender do peso do automóvel e da carga a ser suportada, depende da distribuição de peso entre os eixos dianteiro e traseiro, altura do solo, etc. Um mesmo modelo de pneu, utilizado em veículos diferentes, poderá ter uma pressão especificada diferente.
O pneu é produzido com base em especificações de pressão máxima a que pode ser submetido, de acordo com seu tamanho e modelo. O fabricante do veículo vai determinar a pressão mais adequada para o pneu, observando sempre o seu limite máximo, em função das características do veículo.
A indicação da pressão recomendada normalmente consta no manual do veículo e em selos adesivos dispostos no interior do veículo (batente da porta do motorista, tampa do porta-luvas) ou na tampa do tanque de combustível.
O que pode acontecer se utilizar pressão de inflação incorreta no pneu?
Se for baixa pressão:
- A baixa pressão é um dos principais inimigos do pneu. Apresenta vários problemas, envolvendo inclusive riscos de segurança, como:
- Aceleração do desgaste geral do pneu (trabalha mais quente).
- Aumento do desgaste nos ombros (apoio maior sobre esta área).
- Maior consumo de combustível (maior resistência ao rolamento).
- Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo).
- Direção pesada e perda da capacidade de manejo (maior resistência).
- Eventuais rachaduras na carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados).
- Eventual quebra circunferencial da carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados).
- Eventual bolsa de separação entre lonas e sob a rodagem (gerada por calor e alastrada por flexão e atrito).
- Eventual desagregação da rodagem (geralmente se inicia pelos ombros, onde o calor se acumula mais – mais massa).
- Desgaste prematuro dos terminais de direção (aumento de exigência).
Se for excesso de pressão:
- Os problemas de excesso de pressão são bem menores do que os da falta de pressão e se configuram como segue:
- Desgaste mais acentuado no centro da rodagem (apoio maior sobre esta área).
- Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo).
- Rachaduras na base dos sulcos (esticamento excessivo).
- Maior propensão a estouros por impacto (menor absorção).
- Maior facilidade de penetração (rodagem mais rígida).
- Veículo mais duro.
Limpeza dos pneus
A Bridgestone não recomenda a utilização de nenhum produto para a limpeza de pneus, assim, água e sabão neutro são a melhor opção para manter seu produto com boa aparência.
Os solventes orgânicos tais como gasolina, thinner ou querosene atacam quimicamente compostos orgânicos como a borracha, degradando o material e podendo causar a falha do pneumático.
Troca de válvulas (quando ocorre a troca de pneus)
A substituição da válvula em pneus sem câmara é recomendada quando é realizada a troca do pneu, uma vez que sua falha pode provocar a perda de pressão e avaria irreparável do pneu, não passível de substituição em garantia. A garantia do pneu é contra falhas de fabricação.